sábado, 27 de novembro de 2010

CLARICE LISPECTOR NESTA TARDE PRÁ VOCÊS!


Sou isso hoje, amanhã já me reinventei.
Reinvento-me sempre que
a vida pede um pouco mais de mim.
Sou complexa, sou mistura,
sou mulher com cara de menina.
E vice-versa.
Me perco, me procuro e me acho.
E quando necessário,
enlouqueço e deixo rolar.
Não me dôo pela metade,
não sou tua "meio" amiga
nem teu "quase" amor.
Ou sou tudo ou sou nada.
Não suporto meio termos.
Sou boba, mas não sou burra.
Ingênua, mas não santa.
Sou pessoa de riso fácil...
mas choro também.

Clarice Lispector

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Ah... meu amado desejado!

By Maraína
Ah... meu amado... esse teu corpo másculo,
quando se aproxima de mim...
É puro desejo, é animal, é angelical...
Entregar-me a ti significa satisfazer minha mais apaixonada necessidade.
Necessito de ti, preciso de ti como ao ar que respiro.
Adoro quando me chamas por "mulher".
Sou tua mulher, sim, tua, somente tua, com toda paixão...
Se estamos distantes, anseio por encontrar-te logo,
Receber-te em mim como a flor que se deixa sorver pelo colibri.
Desfruta-me, amor.
Sou a tua flor.
Suga-me.
Não há nada mais delicioso...
Amo-te... de pura paixão!


sábado, 20 de novembro de 2010



"Viver a dois é a alegria  da companhia,
 do chamego dengoso, 
dos beijos ainda calyentes,
dos olhares insinuantes,
quando o desejo se manifesta e a promessa no olhar
de que em todo amanhecer, será o mais belo
bom dia entre dois seres que encontram o amor"....
(A.D)
 

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

LOUCURAS - WILMA R.SOARES


LOUCURAS !

           Wilma Rosa Soares

        Loucuras...sim, nossas noites de amor.
          Corpus nus, flutuando ardentemente
          como ondas bravias do mar.
          Ao sol ou ao luar, brisa ou estrelas,
          coloridas e cintilantes, presente dos deuses
          vindo, nosso amor encantar.

          No ar um perfume  doce e diferente,
          aquele que só a gente sente
          quando estamos a sonhar.
          E quando aquece um amor assim,
          não dominamos...não controlamos,
          querendo mais e mais sem parar.

          E, se termina, nos deixa tristes.
          Renunciar aos desejos criados
          tarefa difícil de se executar.
          Então, se assim tem que ser feito
          vá, procure outro arrebol mas,
          saia da frente do meu sol.

          Sua presença ausente, me sufoca,
          deixa-me livre, tentarei respirar,
          vou sofrer...sorrir e chorar...
          Mas capaz serei de conseguir,
          mais um capítulo assistir de,
          uma história que acabou de passar.

                
                              Gyn-24/02/10

sábado, 13 de novembro de 2010

DAMA DE VERMELHO - MARCIAL SALAVERRY

DAMA DE VERMELHO
Marcial Salaverry
 
À medida que tempo passa,
muita coisa muda...
Ao ve-la na noite,
linda com seu vestido vermelho,
lembrei-me daquela menina
cuja imagem ficou na minha retina...
Mulher, que na alma
guarda tão doces recordações,
tão gratas emoções,
apenas posso dizer
que em nossa saudade
fica apenas a felicidade,
ficam as lembranças
de gostosos episódios...
Brincadeiras de criança,
levadas na lembrança...
Namoros adolescentes,
por vezes, até indecentes...
Aquele primeiro beijo,
fazendo arder de desejo...
Desejo que forte ressurge,
ao te ver vestida em vermelho,
instigando ao pecado...
Curta à vontade
essa doce saudade...
E se ainda de mim te recordas,
na cama, quando acordas...
Mulher... Viva tua vida...
Mesmo que seja,
como dama da noite...
A real felicidade,
está em saber o que é saudade...
Se assim nos sentimos,
é porque a vida curtimos...
E agora, dama de vermelho...
Quero ver-te novamente...


quarta-feira, 3 de novembro de 2010

UM AMOR - PABLO NERUDA


Um amor
(Pablo Neruda)

Por ti junto aos jardins recém-enflorados me doem os perfumes de primavera.
Esqueci teu rosto, não recordo de tuas mãos, de como beijavam teus lábios?
Por ti amo as brancas estátuas adormecidas nos parques,
as brancas estátuas que não têm voz nem olhar.
Esqueci tua voz, tua voz alegre, esqueci de teus olhos.
Como uma flor a seu perfume, estou atado à tua lembrança imprecisa.
Estou perto da dor como uma ferida, se me tocas me maltratarás irremediavelmente.
Tuas carícias me envolvem como as trepadeiras aos muros sombrios.
Esqueci teu amor e não obstante te adivinho atrás de todas as janelas.
Por ti me doem os pesados perfumes do estio:
por ti volto a espreitar os signos que precipitam os desejos,
as estrelas em fuga, os objetos que caem.