Quando te vais
um genocídio
defloresce
milhares
de tu e eu.
Ocasiono-me
então,
enquanto
amanheces
prematura
madrugada.
Desabitado
encho-me
de um vazio
cheio de azul
da tua ausência.
Sou pássaro
desnidificado,
seca
cigarra
invernada
tanto
que não se cantou.
Quando voltas
o dia
habita em mim.
Cheiro os sons
escuto as cores
degusto
as miragens,
desconstruo
as palavras
inúteis
ociosas
e precárias.
Nunca te vás
de mim
amor
para que
não me
ensombreça
carente
de essência
nem me enraíze
nas cinzas
do nada
negando-te
o húmus
da tua
frutificação
o fruto
da minha
redenção.
Pedro Simões Neto,escritor,educador,advogado -
estudioso da historia e pesquisa dos nomes e fatos
da literatura norte-riograndense e brasileira.
psimoes.neto@hotmail.com
estudioso da historia e pesquisa dos nomes e fatos
da literatura norte-riograndense e brasileira.
psimoes.neto@hotmail.com
Pedro!
ResponderExcluirli seu poema, construído com metáforas magnificamente elaboradas que fluem facilmente ao entendimento do leitor sensível. Você foi muito feliz quando enfocou "deflorece milhares de tu e eu, ...Seguidos pelas prematuras madrugadas". "sou pássaro desnidificado" é de um nirismo que se adentra pela própria alma para "degustar miragens para não enraizar nas cinzas do nada"
Seu texto poético é belo de conteúdo, é musical na verbalização, no ritmo e nos dá excelente sensação de harmonia.
Parabéns Amigo Pedro!
A querida Dama da Tarde, excedeu-se em sua generosidade, mimando-me com essa publicação. Em Goiás, terra de Coralina, é assim: quando se gosta toma-se logo como afilhado - não importa a idade do mimoseado.
ResponderExcluirEspantei-me com a repercussão de tão modesta cantoria. Tomei conhecimento que pelo menos nove blogues o publicaram. Gente boa. Beijos pra todos.